Os seis Meios da Graça em Wesley
John Wesley
Um Discurso de Geoge Lyons
Introdução
John Wesley foi um observador perspicaz do comportamento humano. Em resposta à questão: Como é que Deus geralmente se agrada de trazer um pecador à salvação? Wesley respondeu:
Um miserável estúpido, insensato, segue em seu próprio caminho, sem ter Deus em seus pensamentos, afinal, até que Deus vem até ele, sem que ele saiba, talvez, através de um sermão de despertamento ou conversa; talvez, através de alguma experiência assustadora. Ou, talvez, Deus interrompa seu caminho, pelo golpe imediato de seu Espírito convincente, sem quaisquer meios exteriores, afinal. Assim desperto de seu estado desesperado, o pecador instruído agora deseja fugir da ira vindoura. Ele propositalmente vai à igreja para ouvir como isto pode ser feito. Se ele encontra um pecador que fala ao seu coração, ele fica assombrado, e busca as Escrituras, para ver se estas coisas são mesmo assim. Quanto mais ele ouve e lê, mais convencido fica; e mais ele medita sobre tudo isto, dia e noite. Pode ser que ele encontre outros livros que expliquem e reafirmem o que ele ouviu e leu nas Escrituras. E, através de todos esses meios, as flechas da convicção penetram mais profundamente em sua alma. Ele fala das coisas de Deus, que agora preocupam seus pensamentos. Ele fala com Deus; ora para ele. A princípio, ele ora com medo e vergonha, porque dificilmente sabe o que dizer. Ele deseja saber se “o Altíssimo e imponente Deus que habita a eternidade” ouvirá a oração do pecador. Ele deseja orar com aqueles que conhecem a Deus, com os fiéis, na Igreja. Mas aqui ele observa outros se dirigindo à mesa do Senhor. Ele considera: “Cristo ordenou, ‘Faça isto!’. Por que eu não devo fazer? Mas não, eu sou também um grande pecador. Eu não mereço”. Depois de lutar com esses escrúpulos por algum tempo, ele prossegue. E assim busca conhecer os caminhos de Deus, no ouvir, na leitura, meditação, oração, e compartilhando da Ceia do Senhor, até que Deus, da maneira que o agrada, fala ao coração do pecador: “Sua fé o salvou. Vá, em paz”.
Wesley recomenda que adotemos o mesmo caminho para conhecer a Deus, se alguma vez esperamos conhecê-Lo melhor. Quando Wesley discute o crescimento espiritual – o aprofundar nosso relacionamento com Deus, ele sempre menciona “os meios da graça”. Por meio desses, ele se refere aos canais ordenados por Deus, através dos quais a sua graça nos alcança e nos capacita a avançar na semelhança com Cristo. “Os Meios da Graça” incluem os sinais exteriores, palavras, ou ações, recomendados por Deus com esta finalidade: serem os meios com que ele torna sua graça convincente, transformadora, e limpadora disponível para nós seres humanos.
“Os principais meios são” a oração – tanto a adoração privativa quanto a pública; a leitura, o ouvir, e meditar sobre as Escrituras; e receber a Ceia do Senhor – “comer o pão e beber o vinho em memória Dele”. Outros meios da graça que Wesley especialmente enfatizava eram os ministérios de caridade, a conferência cristã, e a renovação da aliança. Ele acreditava que Deus ordenou esses como os canais comuns de transmitir sua graça às almas humanas. Eu discutirei brevemente cada um desses seis meios da graça. Mas, antes, preciso considerar o que Wesley quis dizer por “meios da graça”.
Os Meios da Graça
Preocupado que nosso próprio crescimento espiritual traga perigos sutis. Nós não podíamos imaginar que existem coisas que podemos fazer para aprofundarmos ainda mais nossos alicerces espirituais, fazer com que nossos espíritos se elevem, e nos ajude a crescermos ainda mais em nossa fé. A vida cristã é através da graça, do começo ao fim. Nada podemos fazer para melhorar nossa presença diante de Deus. Apenas Deus pode aprofundar nosso relacionamento com ele. Somente Deus pode nos elevar do comum ao extraordinário. Não podemos entrar em um relacionamento salvador com Deus, através de nossas próprias realizações, e não podemos sustentar este relacionamento com nossa própria força.
Mas não imaginem que dizendo isto, eu deixarei o pódio, e os estimularei a deixar Deus conduzi-los para mais perto dele, se ele assim escolher, sem que vocês façam coisa alguma. Wesley nos lembra de uma citação familiar de Agostinho: “Aquele que nos criou sem nós mesmos, não nos salvará sem nós mesmos”. Nós devemos cooperar com os propósitos salvadores de Deus para conosco. Não podemos nos salvar, mas não podemos frustrar a salvação de Deus, através da negligência ou infidelidade (Veja Hebreus 2:2,3 “Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram”). Ou podemos facilitar o fluir da graça de Deus, nos beneficiando dos meios que Deus nos ordenou.
Wesley escreve: A maioria das pessoas “se perde na correria da vida, no trabalho, ou prazer, e parece pensar que sua regeneração, que sua nova criatura brotará e crescerá sem ela, com pouco cuidado e preocupação de sua parte, já que seus corpos estão convencidos, e obtiveram sua completa força e estatura; mas a maior certeza é que o Espírito Santo purificará nossa natureza, a não ser que cuidadosamente atendamos à sua obra, em nossas vidas. Isto está perdido, quando dissipamos nossos pensamentos com coisas desnecessárias, e deixamos nosso crescimento espiritual, a única coisa necessária, completamente despreocupada e negligenciada”.
Nos dias de Wesley, assim como nos nossos, existe sempre alguém que “se equivoca com a finalidade dos meios”; que define que seu relacionamento com Deus, através das obras exteriores, é melhor do que através de “um coração renovado, segundo a imagem de Deus”. Eles se esquecem que a finalidade de cada mandamento é o amor, brotando de um coração puro, uma consciência limpa, e a fé verdadeira (I Timóteo 1:5).
Wesley insiste que “todo o valor dos meios” da graça depende de servir verdadeiramente à finalidade de um relacionamento pessoal com Deus. Assim, “todos esses meios, quando separados da finalidade, são desprezíveis. Se eles não nos conduzem a conhecer melhor a Deus, e O amar mais completamente, eles podem se tornar ‘uma abominação diante Dele’”. “Todos os meios exteriores, no entanto, se separados do Espírito de Deus, não podem ser de proveito, afinal”. Não existe poder intrínseco em quaisquer meios da graça.
“Não existe poder inerente nas palavras que são faladas na oração, nas letras das Escrituras, lidas ou ouvidas, ou no pão e vinho, recebidos na Ceia do Senhor. Deus é o único Doador de todo bom dom, o autor da graça”. “Ele é capaz de dar a mesma graça”, fora dos meios da graça. “O uso de todos os meios, no entanto, nunca expiará um pecado”. Apenas a morte salvadora de Cristo poderá fazer isto.
Wesley tristemente admite que a maioria dos cristãos professos de seu tempo “abusou dos meios da graça para a destruição de sua alma”. Eles presumiram que eram cristãos, simplesmente porque eles praticavam essas coisas. Ou imaginaram que existe algum poder mágico em seguir os movimentos, creditando que, mais cedo ou mais tarde, Deus reconhecerá o mérito deles e “lhes dará santidade, ou os aceitará sem ela”.
Por que alguns cristãos nunca parecem crescer na graça? Por que o relacionamento deles com Deus é tão superficial? Wesley responde: É verdade que isto pode ser devido, em alguns casos, à deficiência dos meios da graça – ou no ouvir a verdadeira palavra de Deus, falada com poder; nos sacramentos, ou na camaradagem cristã. Mas onde nenhum desses está faltando, o grande obstáculo, em nosso receber ou crescer na graça de Deus é sempre a falta de negarmos a nós mesmos, ou tomarmos nossa cruz. Os meios da graça devem ser suplementados com autodisciplina. E, ainda assim, nunca devemos esquecer que o autocontrole está entre os frutos do Espírito (Gálatas 5:22, 23).
Wesley era sábio o suficiente para observar que a Providência e o Espírito de Deus operaram nas vidas de pessoas diferentes de modos diferentes. Os meios, pelos quais os homens e mulheres diferentes são conduzidos, e nos quais eles encontram a bênção de Deus, são variados, transmitidos e combinados, em milhares de maneiras diferentes. Já que é a graça, não as obras, que nos trazem para um relacionamento com Deus e que aprofunda este relacionamento, nós podemos sempre admitir que seu Espírito nos conduza, algumas vezes, por um dos meios, e, algumas vezes, por outro. Assim, Wesley recomenda: A regra geral para todos que gemem pela salvação de Deus é esta: Quando quer que a oportunidade se apresente, use de todos os meios que Deus ordenou; porque quem sabe, em qual Deus irá nos encontrar?
Wesley nos estimula a manter cinco cuidados constantemente em mente: (1) Nós não devemos limitar o Altíssimo. Ele faz o que quer e onde quer que lhe agrade. Ele pode transmitir sua graça, quer dentro ou fora de quaisquer meios que ele indicou. (2) Devemos nos lembrar: Não existe poder nos meios da graça. Todos os meios da graça em si mesmos são pobres, mortos, vazios. Separados de Deus, eles são folhas secas, meras sombras. Não existe mérito em usá-los; nada intrinsecamente agrada a Deus; nada por meio do qual, eu mereça algum favor de suas mãos. (3) No usar de todos os meios, nós devemos buscar a Deus somente. Nas coisas exteriores e através delas, devemos olhar apenas para o poder de seu Espírito e os méritos de seu Filho. Nada menos do que Deus pode satisfazer nossas almas. Portanto, nós devemos manter nossos olhos nele, em tudo, através de tudo, e acima de tudo. (4) Devemos usar de todos os meios, como meios; não por causa deles, mas com o objetivo de renovar nossas almas na retidão e santidade verdadeira. (5) Depois de termos feito isto, devemos cuidar de não nos congratularmos, como se tivéssemos feito alguma coisa grandiosa. Separado de Deus, de que isto vale? Deus é tudo em tudo.
A questão permanece: Se salvação é dom e obra de Deus, do princípio ao fim, como nós podemos receber este dom? Para aqueles que respondem: “Apenas creiam e serão salvos”, Wesley responde: “Verdade; mas como devo crer”, quando eu não posso crer? Ele insiste que aqueles que querem se tornar cristãos e aqueles que desejam crescer como cristãos não devem simplesmente esperar na inatividade. Ao contrário, eles poderiam buscar ativamente os meios da graça.
Precedente Bíblico
Será que o entendimento de Wesley, de como devemos aprofundar nosso relacionamento com Deus, era biblicamente consistente? Você mesmo decide. Ouça a palavra do Senhor em 2 Pedro 1:3-9 (a versão do Novo Século): 3. Jesus tem o poder de Deus, pelo qual ele nos deu todas as coisas que precisamos para viver e servir a Deus. Temos essas coisas, porque o conhecemos. Jesus nos chamou, através de sua glória e santidade. 4. E através delas, nos deu as mesmas promessas grandes e preciosas. Com esses dons, podemos usufruir em sermos como Deus, e o mundo não nos destruirá com seus desejos daninhos. 5. Porque temos essas bênçãos, devemos fazer o melhor para acrescentarmos essas coisas às nossas vidas: à nossa fé acrescentemos bondade; à nossa bondade, conhecimento; 6. E ao conhecimento, autocontrole; ao autocontrole, paciência; e à paciência, o serviço para Deus. 7. E ao serviço para Deus, acrescentemos gentileza para com nossos irmãos e irmãs em Cristo; e a esta gentileza, amor. 8. Se todas as coisas estão em nós, e estão crescendo, elas nos ajudarão a sermos úteis e produtivos em nosso conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 9. Mas quem quer de nós que não tenha essas coisas, não pode ver claramente. Ele é cego e se esqueceu que se tornou limpo de seus pecados passados.
As palavras podem ser diferentes, mas os sentimentos são os mesmos. Deus nos dá a graça com tudo que precisamos para vivermos e crescermos como crentes. Mas nós devemos nos beneficiar dos meios para continuarmos a crescer na graça.
Vamos voltar para os seis meios da graça que Wesley enfatizou.
Oração
Todos que desejam receber a graça, para crerem ou aprofundarem seu relacionamento com Deus, “devem esperar por isto, em .... oração”. Jesus expressamente ordenou: “Peça, e lhe será dado; busque, e encontrará; bata, e lhe será aberto”. (Mateus 7:7-9); Somos “dirigidos a pedir... como um meio de receber; buscar, com o objetivo de encontrar a graça de Deus”. Nós podemos receber de Deus, pedindo o que, do contrário, não receberíamos, afinal. A oração – privativa familiar, e a oração pública – são o principal meio da graça. Nós devemos “esperar pelas bênçãos de Deus em oração”, persuadidos da fidedignidade de sua promessa positiva de que ele ouvirá e responderá às nossas orações (Mateus 6:6). Wesley recomenda jejuar e outras abstinências como suplementos úteis para a oração sincera, e, assim, também meios da graça.
Estudo Bíblico
Em Segundo Lugar, todos que desejam a graça de Deus, devem esperar por ela, buscando as Escrituras (João 5:39). As Escrituras registram que aqueles que assim fazem, encontram, por este intermédio, a graça de Deus, que os capacita a crer (Atos 17:11,12). A fé vem do ouvir a palavra de Deus (Romanos 10:17). A leitura das Escrituras é um meio, através do qual, Deus não apenas nos dá a verdadeira sabedoria, mas também a confirma e aumenta. As Escrituras Santas nos apontam para a salvação, através da fé em Cristo apenas (2 Timóteo 3:15). Porque toda a Escritura é dada pela inspiração de Deus, ela é proveitosa para a doutrina, reprovação, correção, e instrução na retidão. Através da leitura e atenção à palavra de Deus, o povo de Deus se torna perfeito e totalmente equipado para praticar as boas obras (2 Timóteo 3:16, 17). A leitura das Escrituras é proveitosa não apenas para aqueles que já desfrutam de um relacionamento pessoal com Deus e querem conhecê-Lo melhor, mas também para aqueles que desejam conhecer, pela primeira vez. E assim, esperamos por sua graça, buscando as Escrituras (2Pedro 1:19)
Comunhão Constante
Em Terceiro Lugar, “todos que desejam crescer na graça de Deus devem esperar por ela no compartilharem da Ceia do Senhor”. Através da meditação, sobre sua morte salvadora, na espera por sua presença pessoal, na previsão de sua vinda novamente na glória, nós nos preparamos para receber sua graça. Aqueles que já estão cheio com a paz e alegria no crer, ou alguém que espera pela graça do verdadeiro arrependimento pode, mais do que isto, deve comer e beber para o contentamento de sua alma. “Não é o comer do pão e o beber do cálice, os meios exteriores visíveis, por meio dos quais, Deus transmite em nossas almas toda aquela graça espiritual, aquela retidão, e paz e alegria no Espírito Santo, que foram compradas pelo corpo de Cristo, uma vez injuriado, e o sangue de Cristo, uma vez derramado por nós? Que todos, portanto, que verdadeiramente desejem a graça de Deus, comam daquele pão, e bebam daquele cálice”.
Wesley estava convencido de que a comunhão não era apenas uma confirmação, mas uma prática que converte. Não apenas para aqueles que já crêem e desejam aprofundar seu relacionamento com o Senhor, mas para aqueles que verdadeiramente desejam acreditar, mas parece faltar a graça para fazer isto. Eu acredito que a visão de Wesley era biblicamente consistente.
Ministério de Compaixão
Em Quarto Lugar, o que chamamos hoje de ministério de compaixão, Wesley chamava de “obras de misericórdia”. Essas ele considerava os “verdadeiros meios da graça”. E eram mais especificamente tais, para aqueles que tinham motivo real – como expressões do amor a Deus e ao próximo. Aqueles que negligenciavam repartir sua generosidade com o pobre, visitar o doente e aprisionado, e semelhante, não receberiam a graça que, do contrário, poderiam. E Wesley acrescenta que eles perderiam, pelo negligenciar contínuo, a graça que já haviam recebido.
Dar dinheiro a outros para ministrarem para o necessitado em nosso interesse, não substitui fazermos isto nós mesmos. Se não o fazemos, Wesley insistia, perdemos os meios da graça. Ou seja, perdemos um excelente meio de crescermos em nossa gratidão a Deus, que nos poupou desta dor e enfermidade, e de continuarmos nossa saúde e força; assim como de aumentarmos nossa compaixão para com o aflito, nossa benevolência, e todas as outras afeições sociais similares.
Conferência Cristã
Em Quinto Lugar, a camaradagem nas sociedades, classes e grupos Metodistas, era o traço característico da aproximação de Wesley da educação cristã. As “sociedades” Metodistas eram grupos de pessoas “unidas com o objetivo de orarem juntas, receberem a palavra de exortação, e vigiarem uns aos outros no amor ... operarem a própria salvação delas”. Eles se encontravam quatro vezes por semana, para estudarem as Escrituras, cantarem os hinos, compartilharem de refeições simples, e darem testemunhos espontâneos do que estava acontecendo em suas vidas espirituais. Os membros encorajavam uns aos outros e se manterem responsáveis entre si.
As sociedades eram subdivididas em classes de cerca de 12 pessoas cada. De todo membro da sociedade requeria-se reunir-se em uma classe uma vez por semana. A ninguém era permitido permanecer como membro, se não atendesse regularmente. “Um encontro típico começaria com um hino. Então, o líder de classe exporia a condição de sua própria vida espiritual”. As respostas à oração e o progresso espiritual, assim como tentações, quedas, provas, aflições, ou pecados eram compartilhados em confiança. Em seguida, outros no grupo testemunhavam o que Deus estava fazendo em suas vidas. “Neste contexto de oração, confiança, e confissão, a cura e o crescimento espiritual eram acelerados”.
Além de serem membros da sociedade e classe, os Metodistas que eram sinceros na busca pela santidade cristã poderiam também se tornar membros de um grupo. “Este era um grupo (band) de quatro a seis pessoas que se encontravam semanalmente e compartilhavam suas jornadas espirituais em uma camaradagem mais íntima. Eles testemunhavam ‘sem reserva e sem dissimulação’”. Os membros dividiam completamente seus sucessos e fracassos espirituais, suas tentações e fraquezas. Eles estimulavam uns aos outros a se manterem responsáveis para seguirem a direção que o Senhor lhes deu a respeito de suas atitudes, modos de vida, serviço, e motivações. Eles se tornavam “amigos íntimos”. Wesley até mesmo criou “grupos penitentes” para “as pessoas sinceras que, por alguma razão, foram recapturadas por algum pecado insistente. Eles desejavam seguir corretamente, mas ainda não haviam encontrado a disciplina e força para abandonarem completamente seus pecados, e permanecerem no caminho para a perfeição”.
Renovação da Aliança
Em Sexto Lugar, Wesley acreditava que o meio mais abertamente negligenciado de “crescer na religião séria” era o de reunir crentes em uma aliança “para servirem a Deus com todo nosso coração e com toda nossa alma”. Ele estimulava seus convertidos a renovarem “em cada ponto a Aliança [deles], para que o Senhor pudesse ser o Deus [deles]”.
Em 11 de Agosto de 1755, o Diário de John Wesley se refere a uma ocasião, quando ele conduziu um serviço que forneceu oportunidade para realizar ou renovar as alianças individuais com Deus. No encerramento da reunião das seis horas, ele escreve: “Todas as pessoas se levantaram, em testemunho de aprovação, para cerca de 1.800 pessoas”. A entrada se encerra com: “tal noite, eu dificilmente vi antes. Certamente, o fruto dela permanecerá para sempre”.
O sucesso deste Serviço de Renovação da Aliança encorajou Wesley a publicá-lo como um panfleto em 1780. Ele encorajava cada um de suas sociedades a conduzirem tal serviço uma vez por ano, a maioria frequentemente no Reveillon. O tempo não me permite discutir o Serviço de Aliança de Wesley em detalhes. Mas eu preparei uma versão resumida e modernizada daquele serviço para vocês terem consigo, se cuidarem de lê-lo em privativo.
Conclusão
Se prestarmos atenção à direção de John Wesley, teremos proveito regularmente dos “meios da graça”. Teremos oração e jejum disciplinados, estudo Bíblico, comunhão constante, ministério de compaixão, conferência cristã, e renovação da aliança, como uma parte regular de nossas vidas. E por quanto tempo nos lembrarmos de que esses são meios da graça, não a finalidade em si mesmos, nós teremos motivo para esperar que desfrutaremos sempre de um relacionamento mais profundo com Deus.
Eu lamento que gastei muito tempo falando a respeito “dos meios da graça”, de maneira que não existe tempo restante para os praticarmos. Faremos isto em outra oportunidade. Mas devemos fazer isto, se esperamos aprofundar nosso relacionamento com Deus.
IGREJA CRISTÃ SIÃO
RUA VENCESLAU BRAS(33) 91917615